quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ferramentas de gerenciamento de portfólio – Parte II

Agora iremos apresentar uma ferramenta que pode ser utilizada para o gerenciamento de portfólio de uma organização, esta ferramenta é o Microsoft Project Server. Neste post iremos demostrar como podemos fazer o gerenciamento de portfólio de projetos de uma organização utilizando esta ferramenta.

A ferramenta contempla as características abaixo de gerenciamento de portfólio entre outras:

 Priorização e seleção de projetos.
Otimizar o orçamento, alinhando o investimento com a estratégia do negócio.
Gestão de portfólio centralizado.


O Project Server 2013 permite que seja analisado seu Portfólio de Projetos, realizando o alinhamento dos objetivos estratégicos e a priorização de projetos realizando 3 etapas como listadas logo abaixo e nas quais iremos demonstrar cada etapa de como fazer utilizando Project Server:

            1.      Definição dos Objetivos Estratégicos
            2.   Priorização dos Objetivos Estratégicos
            3.  Análise do Portfólio

1. Definição dos Objetivos Estratégicos

Primeiro criamos no Project Server os Objetivos Estratégicos da Organização (Business Drivers), como na figura 1.






Figura 1
Para cada Objetivo Estratégico, deve ser parametrizado as Instruções de Impacto. Abaixo, na figura 2, um exemplo que pode ser utilizado e parametrizado conforme característica da Organização:


Figura 2
Feito essa primeira etapa, agora é necessário priorizar a relevância de maneira comparativa cada Objetivo Estratégico.
 2. Priorização dos Objetivos Estratégicos

O Project Server permite você criar várias priorizações. Por exemplo, você pode ter Priorizações:
  • Departamental (Financeira, RH, Vendas & Marketing ou TI)
  • Unidade de Negócio ou Filiais
  • Administração (Conselho Executivo).
  • Global (Mapa Estratégico, BSC – Balanced Scorecard).
Abaixo, na figura 3, é exibido uma priorização Global com todos os objetivos estratégicos.

Figura 3
Defina o Nome da Priorização que você está criando e adicione os Fatores Comerciais (Objetivos Estratégicos) desejados.
O limite de cada Priorização é de no máximo 15 Fatores Comerciais.

Figura 4
Após selecionado os Fatores Comerciais, você deve priorizá-los comparativamente como na figura 5 abaixo:

Figura 5
Ao finalizar o processo de priorização, será listado as Prioridades de Análise do Portfólio, como também um grau de consistência do processo de priorização.

Figura 6
3. Análise do Portfólio (Otimização dos Custos e Alocação de Recursos)

Com os Objetivos Estratégicos (Fatores Comerciais) criados e priorizados, basta agora criar a Análise do Portfólio de projetos da Organização.

Figura 7
Na criação da Análise do Portfólio, é preciso definir as seguintes propriedades:
  • Nome da Análise de Portfólio
  • Nome da Priorização de Fatores Comerciais (Ex: Priorização Global)
  • Selecionar os Projetos do Project Server
  • O campo do tipo Custo, que se baseará Restrição de Custo do algoritmo de análise.

Figura 8
Após definir as propriedades, é necessário Priorizar os Projetos de acordo com os Objetivos Estratégicos, classificando um-a-um pela importância/impacto de cada Projeto para cada Fator Comercial (Objetivo Estratégico).

Figura 9
Uma vez priorizados os Fatores Comerciais (Objetivos Estratégicos) e definido a importância/impacto de cada Projeto, é possível fazer as Análises dos Projetos.
Pode-se criar cenários de Orçamentos e clicar em Recalcular, conforme figura abaixo.


Figura 10
O processo de seleção dos projetos que irão compor o portfólio da Organização, nem sempre ocorre considerando de maneira simplista o maior valor pelo critério de priorização. Alguns projetos são obrigatórios por razões impositivas (Lei Orçamentária, Política de Governança Corporativa, etc.). É possível definir todas as restrições (inclusão forçada, exclusão forçada e automático) para composição do Portfólio, conforme é exibido na figura 11.

Figura 11
Como exemplo, na figura 12,foram criados 3 cenários (Pessimista, Conservador e Otimista) para Análise do Portfólio de Projetos. Para cada cenário, pode-se salvar e comparar.

Figura 12
Por fim, o Project Server 2013 permite que as Organizações elevem cada vez mais seu nível de maturidade de Gestão de Projetos, com a inteligência de Priorização e Análise do Portfólio de Projetos.



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ferramentas de gerenciamento de portfólio – Parte I


As ferramentas cases se tornam grandes aliadas para o gerenciamento de portfólio de projetos(GPP)para as organização. A grande quantidade de informações geradas pelos projetos podem ser armazenadas e exibidas de forma que facilite a tomada de decisão das organizações com base nos objetivos estratégicos da empresa.
A maioria destas soluções fornece as seguintes características, entre outras:
1 - Padronização e automação do processo de Governança;
2 - Um repositório único (Central de Projetos), que permite consolidar negócios e investimentos, melhorando a visibilidade e a gestão de todos os empreendimentos em um único painel de controle. Esta visão fornece informações importantes para a tomada de decisão, como indicadores gráficos e quantitativos de performance dos empreendimentos agrupados de acordo com as necessidades, como por exemplo por objetivo estratégico ou unidade de negócio;
3 - Cenários de hipóteses para identificar opções e selecionar o portfólio ideal, levando-se em contas as restrições de tempo, custo e recursos e os objetivos estratégicos;
4 - Gestão de recursos de forma corporativa, fornecendo a disponibilidade, respectiva utilização e onde estão alocados os recursos existentes na empresa;
5 - Relatórios de Desempenho dos empreendimentos, como, por exemplo, Retorno sobre Investimento (ROI), Análise do Valor Agregado (EVM), Indicadores de Performance de Tempo e de Custos, etc.;
6 - Possibilidade de integração com as ferramentas da sua linha de negócio, como ERP, CRM, RH, etc.;
7 - Funcionalidades para que as equipes compartilhem objetivos, informações, lições aprendidas, modelos, documentos, pendências, riscos, etc.
8 - Colaboração e acompanhamento online dos projetos.
É importante também para a organização, uma boa escolha da ferramenta que será utilizada para o gerenciamento de portfólio de projeto. Para avaliar qual a melhor ferramenta a ser usada para esta atividade é importante analisar se ela possui funcionalidades que executem funções consideradas importantes para a gerencia do portfólio da empresa levando em conta sua realidade.
Uma falha recorrente é acreditar que apenas o software resolve o problema. O sucesso de uma gestão eficiente de portfólio de projetos deve ser apoiado por uma metodologia, disciplina e liderança.
No próximo post, Ferramentas de gerenciamento de portfólio – Parte II, vamos apresentar uma ferramenta que pode ser utilizada para o gerenciamento de portfólio.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Gestão de Portfólio x Gestão de Múltiplos Projetos

 Ao contrário do que muitos imaginam, existem diferenças entre gerir o portfólio e gerir múltiplos projetos simultaneamente.

As principais diferenças entre as duas gestões, segundo DYE (2000) é que a gestão de portfólio de projetos tem o propósito de selecionar e priorizar projetos, enquanto que a gestão de múltiplos projetos tem como propósito a alocação de recursos, além de ter um foco puramente tático da gestão. A tabela 2 detalha as demais diferenças entre esses dois modelos:

Tabela: Gestão de Portfólio de Projetos x Gestão de Múltiplos Projetos

Gestão de Portfólio
Gestão de Múltiplos Projetos
Proposta
Seleção e priorização de projetos
Alocação de Recursos
Foco
Estratégico
Tático
Ênfase no planejamento
Médio e Longo Prazo
Curto prazo
 (dia-a-dia)
Responsabilidade
Executivos / Gerentes Seniores
Gerentes de projeto / produtos
 Fonte: Correia (2005)

domingo, 19 de janeiro de 2014

SCRUM

O Scrum é um processo iterativo-incremental e ágil de desenvolvimento de software. Ele não prediz o que fazer em cada situação, e sim deve atuar em problemas complexos se adaptando a cada situação. Ele não é somente usado para desenvolvimento de software, mas também na manutenção de software ou como abordagem geral de gerenciamento de projetos, por exemplo. O Scrum tem uma missão importante na redução das equipes e de custos, ao passo que deve melhorar a eficiência e trazer mais qualidade no produto final. O fato de tentar manter os clientes próximo através das reuniões reduz a tendência de desenvolver funcionalidades que não sejam necessárias ou prioritárias. Outro fator para o melhor desempenho do desenvolvimento é que as reuniões diárias tratam das dificuldades encontradas no dia anterior, sendo que soluções para estas barreiras são discutidas e sanadas através do papél do Scrum Master. Como foi dito em sala de aula, apesar do Scrum e outros métodos ágeis de desenvolvimento de software terem sido definidos há poucas décadas, muitos profissionais ainda continuam trabalhando com os métodos tradicionais (preditivos), deixando de desfrutar dos benefícios dos métodos adaptativos.


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Reuniões da Metodologia Scrum

O ambiente de desenvolvimento, no Scrum, exige muita comunicação entre todas as partes do projeto e um ponto de vista mais geral não é papel somente do seu responsável e sim de todas as partes envolvidas. Para que isso possa acontecer são necessárias reuniões. Na metologia Scrum elas são responsáveis por nortear todos os envolvidos no projeto e trazer a visão citada. A seguir são citadas essas reuniões, que tornam os projetos mais claros e objetivos.
  • Daily Scrum (Reunião diária): Todos os dias durante o Sprint é realizada a reunião diária do Scrum. Nela todos os envolvidos no projeto ficam sabendo como o projeto está. Tem duração média de 15 minutos e começa sempre no mesmo horário. Somente os envolvidos diretos nas atividades devem falar e responder as perguntas que tem como foco saber o que foi feito, o que será feito e se há algo impedindo o desenvolvimento das atividades. Apesar dessa restrição os envolvidos indiretamente também podem participar como espectadores;
  • Sprint Planning Meeting (Planejamento de sprint): Nessa reunião são selecionadas as atividades que serão desenvolvidas no Sprint, bem como avaliar se o tempo do Sprint é suficiente para executar estas. Essa reunião é dividida em duas etapas: Na primeira, o Product Owner prioriza os itens da Product Backlog. Na segunda, o time cria um plano de trabalho que resulta no Sprint Backlog;
  • Sprint Review (Revisão de sprint): Essa reunião revisa todo o trabalho que foi desenvolvido. Caso seja finalizado com sucesso, uma demonstração é agendada com os stakeholders, caso contrário não há apresentação
  • Sprint Retrospective (Retrospectiva): Essa reunião é uma espécie de lições aprendidas onde são revistos e reavaliados processos de desenvolvimento utilizados durante o Sprint.
As reuniões são muito importantes dentro da Scrum, afinal é graças a elas que as informações são disseminadas e todos os itens relacionados ao projeto são controlados. A grande vantagem em se utilizar a Scrum é o fato de facilmente se identificar e resolver possíveis problemas já que cada Sprint é tratada de forma única e uma próxima Sprint ocorre somente se sua antecessora foi finalizada com sucesso.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Sucesso com Gerenciamento de Portfólio

Gerenciamento de portfólio demanda mudanças organizacionais e levanta questionamentos difíceis. Cinco questões importantes de serem analisadas são:

1.Estamos investindo nas coisas certas?
2.Estamos otimizando nossa capacidade?
3.Quão bem estamos executando as atividades?
4.Conseguimos absorver todas as mudanças?
5.Estamos conseguindo perceber os benefícios prometidos?

A habilidade em se responder essas questões de modo preciso irão determinar quão bem Gerenciamento de Portfólio foi implantado em sua organização.